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Terapia Cognitivo Comportamental: Crenças Centrais ou Nucleares

Terapia cognitiva comportamental

Todo ser humano tem experiências ao longo de sua vida, que têm impacto na forma como ele vê a si mesmo, as outras pessoas e o mundo. A maneira como pessoas importantes como seus pais, amigos ou colegas de escola interagem com você tem um impacto direto em como você pensa, sente e age no presente, consolidando as suas crenças. Por isso, os profissionais que trabalham ou pensam em trabalhar, com a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) precisam entender que as situações afetam as emoções e comportamentos das pessoas.

Cada pessoa vivencia eventos de acordo com suas crenças, que assumem a forma de pensamentos e abrangem cada um desses níveis de cognição. Dessa forma, se você quiser saber com mais detalhes sobre o que são as crenças abordadas na TCC, é só continuar lendo este artigo.

O que são as crenças?

Antes de tudo, precisamos entender de forma mais aprofundada sobre o que são as crenças e de que forma elas são construídas nos pacientes. Dessa forma, podemos dizer que as crenças são o entendimento básico que as pessoas têm sobre elas mesmas. No entanto, a percepção não se restringe somente a isso, as crenças também são a forma como elas entendem o mundo, os outros e o futuro.

Portanto, como condições psicológicas mais significativas, as crenças mais intensas tendem a ser consideradas disfuncionais, visto que geram pensamento automáticos muitas vezes disfuncionais.

Como elas se foram?

De forma geral, podemos dizer que as crenças se formam durante o nosso desenvolvimento. Por isso, podemos dizer que desde os princípios das interações sociais, principalmente no ambiente familiar, as percepções e crenças estão sendo desenvolvidas. O comportamento dos pais, sua forma de falar, as linguagens não verbais, pensamentos de pessoas próximas, como amigos e professores, tudo isso cria uma somatória que vai moldando as crenças dos indivíduos com o passar dos anos.

Como consequência disso, as crenças são capazes de gerar pensamentos automáticos. Esse é o principal motivo pelo qual cada um reage a um acontecimento de forma diferente e única. No entanto, quando essas crenças são muito disfuncionais, podem causar sofrimento não só para a pessoa em si, como para todos à sua volta.

Como lidar com as crenças?

Involuntariamente, para lidar com as crenças, as pessoas normalmente criam algumas regras e estratégias compensatórias. O principal intuito desse mecanismo de defesa é diminuir o máximo possível o encontro com as crenças, principalmente as negativas.

Para facilitar o entendimento, veja o caso de uma pessoa que tem uma crença sobre si mesmo de ser um fracassado. Para evitar entrar em contato com essa visão, ela adquire um comportamento perfeccionista, ou seja, uma estratégia compensatória. Assim, no seu entendimento, ela será capaz de se afastar da crença de ser um fracassado, pois terá sempre tudo sobre o controle, e, como consequência, os outros também não saberão que ele na verdade é um inútil.

3 divisões de categorias das crenças

Quando falamos sobre as crenças, podemos dividi-las em três níveis de categorias diferentes, sendo elas: desamparo, desamor e crença de desvalor. Confira a seguir mais detalhes sobre cada uma.

Desamparo

A crença do desamparo, é a visão que uma pessoa tem sobre si mesma e do mundo, de ser alguém incapaz de se proteger, de realizar as tarefas ou de ser menos capaz quando comparado com terceiros. Por isso, normalmente elas alimentam pensamentos como: “sou vulnerável”; “não faço nada direito”; “sou fraco e indefeso”; entre outros relacionados com a vulnerabilidade e fragilidade de si próprio.

Desamor

Na crença do desamor, as pessoas normalmente não acreditam ser capazes e merecedoras de receber amor e afeto. Portanto, elas alimentam percepções sobre serem desinteressantes e não amáveis.

Desvalor

Como o próprio nome sugere, essa crença está relacionada com a percepção pessimista e desvalorizada sobre si próprio. Pensamento como: “não presto”: “sou uma pessoa ruim”; “sou tóxico”, normalmente são vistos nesse tipo de crença.

Se você é um profissional na área de psicologia e gostaria de saber mais sobre o papel das crenças na Terapia Cognitivo Comportamental, você deve conhecer os cursos e Workshops Diego Falco.

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Diego Falco

Diego Falco é especialista em Terapia Cofnitivo-Comportamental, ensina a abordagem há mais de 5 anos e mais de 1900 pessoas já passaram pelos seus cursos.

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