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Saiba como funciona a Terapia Cognitivo-Comportamental

como funciona a terapia cognitiva comportamental

Você já ouviu falar na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e ficou interessado em aprender mais sobre essa abordagem? Então, este artigo pode ser perfeito para você entender melhor sobre como funciona a Terapia Cognitiva Comportamental e seus principais fundamentos, tanto para os profissionais da área quanto para os pacientes.

Além disso, aqui você poderá compreender como funciona, de forma prática, a utilização dos mecanismos e procedimentos da TCC. Isso sem contar que você poderá entender porque essa abordagem é tão eficaz no tratamento de pacientes com transtornos e dificuldades. Boa leitura!

Importância da Terapia Cognitiva-Comportamental para tratamento terapêutico e como funciona

A TCC é uma das teorias mais pesquisadas cientificamente. Segundo diversos estudos, é possível comprovar a eficácia dessa abordagem para o tratamento de variados transtornos, como bipolaridade, ansiedade, transtornos depressivos, entre outros que podem ser encontrados no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5).

A comparação da eficácia da Terapia Cognitiva com o uso de medicamentos também já foi feita e demonstram que a TCC não fica para trás de nenhuma outra forma de tratamento, ao contrário, muitas vezes ela se mostra superior. Além disso, os problemas e dificuldades do dia a dia que não estão relacionados com transtornos mentais, também conseguem o seu espaço nos atendimentos psicoterápicos pela TCC.

O método utilizado pela Terapia Cognitiva funciona tanto para transtornos mais graves quanto para comportamentos disfuncionais e pensamentos recorrentes que todos nós possuímos que podem trazer prejuízos ou sofrimentos.

Para saber como funciona a Terapia Cognitiva Comportamental, se atente a Formação de crenças e pensamentos automáticos 

De forma geral, podemos dizer que para a TCC o indivíduo se relaciona com o mundo de acordo com as experiências passadas que ele teve. Nesse sentido, tudo que ele viu e viveu, sendo positivo ou negativo, ajuda no desenvolvimento das suas crenças centrais. Estas, em sua grande maioria, são formadas pelas primeiras vivências e depois são fortalecidas conforme o indivíduo vai tendo novas experiências que se relacionam com as anteriores.

As crenças disfuncionais são difíceis de serem reformuladas, mesmo tendo evidências contrárias a elas. Afinal, o ser humano se esforça para provar que elas estão corretas e, por conta disso, o processo do TCC deve ser ativo e consciente. A maioria dos nossos pensamentos disfuncionais (PD) fortalecem as nossas crenças e os nossos comportamentos de segurança nos impedem de desafiá-las. Dessa forma, elas acabam se mantendo por muito mais tempo.

Independente das nossas dificuldades ou transtornos, nossos pensamentos e comportamentos são os verdadeiros “vilões”. Isso porque são eles que causam os sofrimentos desnecessários, ou que fazem com que nós não avancemos em busca de melhorias. Dessa forma, a ajuda de um profissional experiente nessa abordagem terapêutica pode auxiliar o paciente a ver as coisas de uma forma mais neutra e sincera.

Identificação dos pensamentos automáticos disfuncionais

A TCC busca auxiliar o paciente a identificar os pensamentos que desencadeiam todo o processo de reações disfuncionais. Quando este passo é concluído é possível avançar para começar a trabalhar com os padrões instalados a fim de mudá-los.

Avaliação do pensamento

O primeiro passo é uma atitude ativa para avaliar os pensamentos disfuncionais e encontrar respostas alternativas que sejam mais funcionais. Essas respostas podem ser com evidências que contrariam o PD ou aprendendo a aceitar a presença do pensamento. Só com isso já é possível observar uma melhora nos sintomas e sofrimentos, mesmo que seja um pouco.

Resolução de problemas

Quando fazemos essas avaliações podemos perceber que os pensamentos disfuncionais são verdadeiros e, por mais que tentemos, não há como criar evidências contra eles. Por isso, existem duas formas de aceitar essa realidade: deixar para lá ou fazer algo para mudar isso.

No entanto, muitas vezes os pacientes não conseguem resolver seus problemas justamente por não aceitar a realidade ou por não saber onde começar a mudança. Nesse sentido, a TCC ensina técnicas para auxiliar o paciente a resolver os entraves que o bloqueiam a alcançar o que deseja. Ao trabalhar os pensamentos conseguimos que as reações não sejam tão disfuncionais. Assim, os comportamentos ficam menos intensos e a pessoa começa a questionar mais suas reações antes de executá-las.

É como se o indivíduo aumentasse a distância-tempo entre o pensamento e  reação. Isso acontece porque entendemos que nossos pensamentos não são fatos, e sim, ideias, e como todas as ideias elas podem ser desafiadas e questionadas. Além disso, entendemos que eles não possuem toda a força que acreditamos que eles possuem e que muitas vezes eles não precisam ser levados a sério.

Comportamentos de segurança

Essa reestruturação cognitiva, que é uma mudança em relação aos nossos conhecimentos, ajuda no processo terapêutico da TCC. No entanto, ainda assim alguns comportamentos podem permanecer, sendo eles chamados de comportamentos de segurança. Esses comportamentos podem parecer inofensivos inicialmente, mas quando analisados mais profundamente podem fazer com que o paciente continue alimentando o seu transtorno ou causando uma piora significativa.  

O primeiro passo nesse caso é identificá-lo, compreender o motivo dele existir e as desvantagens que pode causar no curto, médio e longo prazo. Depois disso, o terapeuta, em conjunto com o paciente, deve procurar técnicas e ferramentas para evitar o uso desses comportamentos, seja pelo controle da sua causa, pelo uso da regulação emocional ou através da substituição por outro comportamento funcional. 

Quando fazemos tudo isso, o paciente aprende a lidar melhor com todo o seu PD evitando reações disfuncionais e aprende a evitar comportamentos que o mantém no transtorno. Com a prática dessas atitudes ativas e conscientes ele desenvolve habilidades essenciais na TCC. 

No entanto, vale ressaltar que a Terapia Cognitiva, como todas as formas de tratamento, apresenta taxas de recaída após o paciente ter tido alta, embora essa taxa seja menor que a maioria das outras abordagens. Isso porque o paciente aprende a lidar com os seus pensamentos disfuncionais.      

Se você quiser continuar o seu estudo da Terapia Cognitiva Comportamental, vale a pena se inscrever no nosso curso. Assim, você poderá ter acesso a um material exclusivo para entender de forma minuciosa todo o processo ligado ao TCC. Além disso, você também pode visitar o nosso site e continuar lendo nossos artigos sobre o tema.  

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Diego Falco

Diego Falco é especialista em Terapia Cofnitivo-Comportamental, ensina a abordagem há mais de 5 anos e mais de 1900 pessoas já passaram pelos seus cursos.

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