As distorções cognitivas foram pilares para a construção da teoria da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Essa teoria se baseia em uma abordagem que estuda a relação existente entre comportamentos, emoções e pensamentos. Assim, é capaz de fomentar transformações positivas e ter ótimos resultados na saúde mental.
Nesse sentido, as distorções cognitivas se apresentam como padrões de pensamentos. Ou seja, tem pessoas que enxergam a realidade de maneira distorcida sobre alguma situação. E, muitas vezes, elas não percebem que isso está acontecendo.
Quer entender mais o que são as distorções cognitivas e quais os seus tipos? Então confira as informações deste artigo!
Boa leitura!
Distorções Cognitivas: o que é?
Os pensamentos são os responsáveis por nossas emoções e comportamentos, sejam eles bons ou ruins. Assim, eles impactam diretamente no que sentimos.
Os chamados comportamentos e emoções funcionais são alegria, tristeza, entusiasmo e ansiedade (não exacerbada) em momentos pontuais.
Já os comportamentos e emoções disfuncionais são tristeza exagerada, alegria em momentos de tristeza de outros ou a ansiedade exagerada e generalizada, que atrapalha o desempenho ao longo do dia.
Assim, as distorções cognitivas estão associadas aos comportamentos e emoções disfuncionais. Existe uma classificação para tal e, no próximo tópico, iremos abordar sobre isto.
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Tipos de distorções cognitivas
De modo geral, as distorções causam uma auto sabotagem nos pacientes. Desse modo, se não forem percebidas ou consideradas, poderão aumentar o medo do paciente, prejudicando-o em todas as esferas da vida. Para lidar com estas distorções, é preciso conhecê-las para então, identificá-las.
1. Personalização
A pessoa chama para si a responsabilidade de todos os fatos. Para ela, todo o resultado é fruto de ações dela. Por exemplo, o término de um relacionamento. A pessoa que possui esse tipo de distorção irá acreditar que a culpa é toda dela.
2. Maximização e minimização
A maximização é quando há aumento de seus erros e aumento do acerto de terceiros. E a minimização é o oposto, isto é, quando houver minimização de seus acertos e minimização dos erros dos outros. Sempre é como se qualquer um erro seu anulasse todos os outros acertos.
3. Catastrofização
Nessa situação, a pessoa só prevê desastres acontecendo no futuro e desconsidera qualquer possibilidade de dar certo. Se a pessoa com esse tipo de distorção for apresentar um evento, ela já prevê fazer sua fala gaguejando, esquecendo as informações, etc.
4. Leitura da mente
A pessoa faz suposições de acordo com o que imagina e acredita que aquilo é o certo. Mesmo que não haja nenhum tipo de evidência. Ela acredita saber o que o outro está pensando e entende aquilo como verdade absoluta.
5. Rótulos
Essa distorção é responsável por rotular as pessoas e determinar o que ela é baseada em uma situação específica.
6. Emocionalização
Pensar que algo vai acontecer ou que algo é verdade porque você tem uma forte emoção sobre isso. A emoção é gerada por um pensamento, e a pessoa pensa que é motivo suficiente para acreditar em seu pensamento.
7. Polarização
Escrever ou falar sobre coisas em termos absolutos. Pessoas que têm esse tipo de atitude apenas enxergam duas opções para cada situação, cada uma sendo distante uma da outra, o famoso 8 ou 80. Ela cria dois polos na mente.
8. Abstração seletiva
É a atitude de se concentrar apenas na parte negativa de uma situação, ignorando todo o positivo. O aspecto ruim de toda uma situação é o foco, enquanto todos os outros aspectos positivos passam despercebidos.
9. Adivinhação
Acha que prevê o futuro. Antecipa os problemas que podem não ocorrer. Já acredita que haverá resultados negativos no futuro e trata essas suposições como fatos.
10. Desqualificação do positivo
Essa distorção cognitiva está relacionada em parte à abstração seletiva na medida em que faz com que as pessoas desvalorizem uma experiência positiva como “trivial” e “sem importância”.
Essa pessoa ignora suas ações, suas conquistas e acredita que os resultados obtidos não são de sua própria autoria, ou são “nada além de obrigações”.
11. Hipergeneralização
Considere um evento como um fato que prova que “sempre foi assim”. Os resultados de uma situação são sempre generalizados.
12. Pensamento imperativo
Interpreta os eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em vez de como as coisas de fato são. São declarações duras que tentam ganhar impulso ou mudar o comportamento.
13. Vitimização
Em qualquer situação a pessoa se vitimiza e se coloca no lugar de injustiçada. Sempre há uma recusa de se responsabilizar pelos seus próprios comportamentos e emoções.
14. Questionalização
Foco no que poderia ter sido e não foi. Há uma culpabilização pelas escolhas do passado e um questionamento muito forte sobre futuras escolhas.
Chegamos ao final deste artigo! Essas foram algumas distorções cognitivas e há algumas técnicas de Terapia Cognitiva Comportamental que podem auxiliar na minimização delas.
É possível, por meio de mudanças de comportamentos, evoluir a nossa personalidade e usá-la cada vez mais para um avanço pessoal.
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